Nesse aniversário peço licença para tomar emprestado as palavras de um imortal, que além de inspirar (cuidado com o trocadilho menino... rsrs) nos descreve tão magnificamente, afinal, “a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta”. E foi assim que aquele 2020 começou, com uma certeza que crescia exponencialmente de que não tínhamos certeza de nada, que nada saberíamos. Ouso dizer, com todo o respeito ao João (pronto, fiquei íntimo), que a vida não queria só da gente a tal “coragem”, ela nos suplicava por prudência. Mas como ter prudência quando percebemos que a gente já não cabe mais naquela camisa favorita? Que o controle da situação é tão distópico quanto o futuro nos filmes do Kubrick???
Relendo o primeiro parágrafo já me acho enfadonho, rsrsr, mas se acalmem, as coisas vão melhorar, depois do boot, a gente percebe que existe um sistema em branco, cheio de possibilidades. E mesmo em meio ao caos que a pandemia proporcionava a todo o planeta em maio do ano passado, a gente se aventurou em uma jornada cheia de incertezas, mas com a convicção de que “o que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz”. E modéstia à parte, acredito que estamos aprendendo.
Às vezes sou tão repetitivo que muitos amigos já devem estar cansados de saber. Tudo iniciou com a ideia de um amigo, que por ironia do destino aparece sempre nas minhas mudanças profissionais. Eu nem sabia ao certo o que fazer com aquilo, mas quando apresentei a alguém mais experiente tudo ficou mais claro. Muita gente acreditava no nosso time, e principalmente, nosso time acreditava um no outro.
Tivemos sorte de ter trabalhado nesse primeiro ano entre amigos, cada qual com seu talento, cada qual com o seu jeito. Não me atrevo a cair no conto mentiroso (ou fake news como os últimos anos nos ensinou) que sempre concordamos e nos completamos. Mas também não somos peões em um tabuleiro, eu sei que ninguém é insubstituível, mas somos únicos e identitários, com virtudes e defeitos e que estamos constantemente aprendendo. “O mais importante e bonito do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam”.
Hoje eu só tenho que agradecer. Agradeço todas as noites à confiança daqueles que acreditam que a gente é capaz, aos parceiros que nos inspiram e que se deixam inspirar por esse time que é apaixonado pelo que faz. Tudo ainda é muito incipiente, nosso notebook está cheio de folhas em branco esperando por novas histórias. Não serei eu o imprudente que irá determinar como será a INSPIRA daqui há um ano. Como disse no começo desse texto a nossa única certeza é que não saberemos como será o futuro, mas eu ainda me permito desejar ter mais amigos nessa jornada. “A vida inventa! A gente principia as coisas, no não saber por que, e desde aí perde o poder da continuação porque a vida é mutirão de todos, por todos remexida e temperada”. Nós nascemos de uma inspiração e desejamos crescer inspirando, comunicando, fazendo da sua, as nossas melhores histórias.